quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Capítulo 9 - Quênia

Olá a todos!
Antes de falar de nossa aventura no quênia,  esqueci de dizer que quando fomos levar o filipe e o marcelo para pegarem o vôo para cidade do cabo um guarda do aeroporto nos parou dizendo que eu tinha parado na rua, o que seria proibido. Ele queria nos dar uma multa completamente injusta, dizendo que tínhamos que pagar 500 rand. Claro que discordamos na hora e após muita discussão ele nos cobrou 100 rand e nos liberou. Foi nossa primeira, e espero que a última, propina na áfrica.
Bom, nossa viagem para nairobi já começou com muita emoção, pois não perdemos o voo por muito pouco. Nós chegamos cedo, mas pegamos muitas filas, para fazer o check in, para passar pelo raio-x, para passar pela alfândega, e ainda tivemos que correr uns cinco minutos até o gate, que estava fechado! Fomos os últimos a entrar, exaustos, no avião. Ufa!
Chegamos em nairobi após três horas e meia de voo. Nossa primeira missão foi alugar um carro. Demoramos um dia para conseguir alugar, e só conseguimos depois que compramos um chip do quênia e créditos de mais de uma hora por apenas 5 dólares.
Bem, no dia que chegamos em nairobi, no domingo, saímos para jantar num restaurante de rua. A comida nem era tão boa e nem era barata. Mas tinha música ao vivo e uns homens dançando bem engraçado. Dormimos num hostel bem bonito chamado Wildbeast camp.
No dia seguinte, após muitas tentativas e algum atraso, conseguimos alugar um carro por três dias e almoçamos num restaurante chinês (para turista claro) muito bom!
Pegamos a estrada para a cidade de Naro Moru, uma pequena cidade perto do Monte quênia.
Na saída de nairobi a estrada estava muito ruim e o trânsito completamente maluco, com carros vindo na contramão, ultrapassagens super arriscadas, lombadas invisíveis crateras na rodovia, pedestres atravessando a estrada o tempo todo, e outros perigos. Sem falar que aqui também é mão inglesa!
Após mais de quatro horas para percorrer 180 km, chegamos em Naro Moru, mas nosso sinistro hostel ficava ainda 9 km estrada. Nossa grande sorte foi encontrar o dono do hostel na cidade, que nos guiou até lá. Sem ele não conseguiríamos encontrar o lugar.
O hostel em si merecia um capítulo a parte. Em resumo, ele é que nem a casa que não tinha nada. O hostel não tinha água quente para tomar banho, e a gelada só algumas horas de manhã. Não tinha comida, nem internet, ou tv claro. Ele tinha apenas uma cama e um cobertor. Nós fomos os únicos hóspedes por dois dias, e o lugar, há 10 km do   monte quênia, e muito longe dá civilização, era uma antiga fazenda que explodiu por um vazamento de gás. Tirando tudo isto o lugar era bem bonito e tinha uma boa vista do monte quênia também.
No dia seguinte logo cedo voltamos para naro moru comprar comida e partimos para começar o hiking. Primeiro subimos com o carro por 9 km por uma estrada de terra e pedra, então continuamos a pé por uma trilha por mais algumas horas.
No caminho paramos para comer umas frutas e descansar em um lugar cercado de macacos, que logo tentaram nos atacar e roubar nossa comida. Tivemos que sair rápido dali!
Não chegamos ao topo pois demora mais de três dias para isso, e não tínhamos tanto tempo, mas passamos por alguns lugares bem bonitos com boas paisagens.
Na volta ao hostel que não tinha nada tomamos banho de bacia com água fervida no fogão a lenha, e a chantal preparou um macarrão que compramos de manhã em naro moru, e que estava muito bom.
No dia seguinte saímos para Naivasha, passando antes por Nyeri, uma pequena cidade onde cruza a linha do equador. Lógico que paramos para tirar foto com um pé em cada hemisfério, e também vimos um cara nos apresentar o efeito de coreolis, que é a água descendo reto por um ralo, enquanto no hemisfério sul ela gira no sentido anti horário, e no norte no sentido horário. Bem interessante e intrigante!
No lago naivasha o fer pegou um barco para ver os hipopótamos de perto, enquanto nós ficamos vendo a bela paisagem da margem do lago.
Seguimos caminho e chegamos em nairóbi a noite, em outro hostel, mais perto do centro, chamado YMCA. Fomos jantar num ótimo restaurante italiano onde pedimos pizza, que estava bem boa.
No dia seguinte o Fer acordou cedo e foi buscar o Filipe e o Marcelo no aeroporto, que estavam vindo da Cidade do cabo, voltaram todos para o hostel, descansaram e então saímos às dez para, enfim, devolver o carro, almoçar e depois voltamos para pegar o shuttle bus, reservado para nós, rumo à Arusha. O shuttle na verdade era uma van bem confortável, e só não a perdemos por causa do nosso chip do quênia, pois o filipe ligou lá depois de uns vinte minutos de atraso e descobriu que a van estava nos esperando em outro hostel!
Depois de muitas aventuras, e algumas horas de viagem, cruzamos a tumultuada fronteira rumo à Tanzânia, ao pé da maior montanha da África, visível a alguns kilômetros de distância, o impressionante Kilimanjaro!
Entramos enfim num dos países mais incríveis e também mais pobres de todo o mundo. Mais alguns safáris e então a maravilhosa ilha de Zanzibar!
Grande abraço!

















Um comentário:

  1. Olá! Que viagem linda...! Comecei a pesquisar para fazer um roteiro semelhante. Me diz uma coisa, quanto vocês gastaram? No total. Obrigada desde já! Abs

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